sexta-feira, 27 de abril de 2018

Recém-nascido de família Testemunha de Jeová que passou por transfusão de sangue segue na UTI

Recém-nascido de família Testemunha de Jeová que passou por transfusão de sangue segue na UTI

Transfusão foi autorizada pela Justiça de Rio Preto (SP) após pais se negarem a aprovar o procedimento.

Por G1 Rio Preto e Araçatuba
 
A criança recém-nascida que passou por uma transfusão de sangue após determinação da Justiça continua internada na UTI da Santa Casa de São José do Rio Preto (SP). Segundo o hospital, o estado de saúde do bebê ainda é grave, porém estável.
A Justiça precisou intervir porque a família do bebê é Testemunha de Jeová, religão que proíbe a transfusão de sangue.
Advogados da Santa Casa disseram no pedido à Justiça que estado de saúde é gravíssimo (Foto: Reprodução)Advogados da Santa Casa disseram no pedido à Justiça que estado de saúde é gravíssimo (Foto: Reprodução)
Advogados da Santa Casa disseram no pedido à Justiça que estado de saúde é gravíssimo (Foto: Reprodução)
A equipe médica entrou com a ação para conseguir autorização para o procedimento por conta da gravidade do estado de saúde do bebê, de apenas 11 dias. Segundo a Santa Casa, o menino tinha hemorragia no estômago e quadro grave de anemia. Os pais não foram localizados peloG1 para falar sobre o assunto.
Em entrevista ao G1, o provedor da Santa Casa, Nadim Cury, disse que, em quatro anos, esta foi a segunda vez que o hospital precisou recorrer à Justiça para conseguir a transfusão sanguínea para um paciente, e que esse procedimento é normal.
“Em todos os casos de pacientes da religião Testemunha de Jeová que precisam fazer uma transfusão de sangue e eles neguem o procedimento, nós temos que entrar com um pedido na Justiça, mesmo que não seja o que o paciente ou o familiar queira", afirma.
"Nós não podemos deixar o pior acontecer também para que não respondamos sobre uma possível morte”, continua.
Criança, recém-nascida, está internada na Santa Casa de Rio Preto (Foto: Reprodução)Criança, recém-nascida, está internada na Santa Casa de Rio Preto (Foto: Reprodução)
Criança, recém-nascida, está internada na Santa Casa de Rio Preto (Foto: Reprodução)

Problema logo após o nascimento

O bebê nasceu na Santa Casa no dia 14 de abril, sem qualquer problema de saúde, e recebeu alta no dia 17. Mas, no dia seguinte, retornou ao hospital para a realização do teste do pezinho, quando os médicos constataram que o recém-nascido estava desidratado e hipoativo - com sonolência fora do normal e falta de movimentação.
O menino foi internado, mas o quadro clínico se agravou. Ele foi então para a UTI, onde apresentou distúrbio de coagulação, sangramento digestivo e anemia.
No pedido da Santa Casa à Justiça, o advogado do hospital explicou a gravidade do quadro clínico.
“Seu estado de saúde é gravíssimo, sendo que o corpo médico, diante da situação apresentada, concluir que é indispensável a realização, em caráter de urgência, de transfusão de sangue no recém-nascido da requerida. Pois todos os tratamentos alternativos não apresentaram condições de reverter a piora de seu quadro clínico. A realização da transfusão de sangue é indispensável para preservação da vida do recém-nascido”, escreveu.
Mãe chegou a escrever carta dizendo que sabia do risco de vida que o filho corria, mas mesmo assim não autorizava a transfusão (Foto: Reprodução)Mãe chegou a escrever carta dizendo que sabia do risco de vida que o filho corria, mas mesmo assim não autorizava a transfusão (Foto: Reprodução)
Mãe chegou a escrever carta dizendo que sabia do risco de vida que o filho corria, mas mesmo assim não autorizava a transfusão (Foto: Reprodução)

Carta da mãe

A mãe chegou até a redigir uma carta dizendo que tinha sido orientada pela equipe médica sobre a gravidade do quadro de saúde do bebê e que estava ciente de que ele poderia morrer se não fosse feita a transfusão. "Mesmo assim, sabendo de todos os riscos e gravidade, não autorizo as transfusões", escreveu a mãe.
O juiz acatou o pedido da Santa Casa e concedeu tutela antecipada, destacando que a demora natural dos trâmites do processo poderia trazer dano irreversível ou de difícil reparação para o bebê.
"Preservada a garantia constitucional do direito à crença e culto religioso, o direito à vida é de ser tutelado em primeiro lugar pelo Estado, dada ordem de grandeza que envolve um e outro direito, evidenciando a presença dofumus boni juris", afirmou o juiz Lavínio Donizetti Paschoalão.
Trecho da decisão que garantiu à Santa Casa de Rio Preto o direito de fazer transfusão de sangue em um bebê de família Testemunha de Jeová (Foto: Reprodução)Trecho da decisão que garantiu à Santa Casa de Rio Preto o direito de fazer transfusão de sangue em um bebê de família Testemunha de Jeová (Foto: Reprodução)
Trecho da decisão que garantiu à Santa Casa de Rio Preto o direito de fazer transfusão de sangue em um bebê de família Testemunha de Jeová (Foto: Reprodução)
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sábado, 20 de janeiro de 2018

Comerciante de Caaporã já sente no bolso o aumento das taxas do novo código tributário


O Código Tributário Municipal (CTM) é a lei que rege toda a política tributária do município, ou seja, define as regras para cobrança de todas as taxas e impostos municipais.
A câmara de vereadores de Caaporã votou e aprovou o projeto de lei de número 001/2017 de autoria do Executivo Municipal, que altera o código tributário do município, regulamentando novas cobranças de impostos para 2018.
Com a alteração, os impostos municipais sofreram aumentos significativos e o comércio acabará pagando mais caro para funcionar. O maior impacto na alteração do código tributário será na concessão de Alvarás de Funcionamento.
A votação aconteceu na sessão dia (21-12-2017) na câmara de vereadores de Caaporã. Votaram a FAVOR da alteração do código tributário os vereadores; IRMÃO DA FARMACIA, ROMERO, PAULO SÁ, TONINHO DO FRIGORIFICO, IRMÃO FRED, DORIVAL E BIU DE ZEZÉ.
Foram CONTRA o aumento dos impostos os vereadores; OTO MARIANO, FILIPE CHAVES E ÁLVARO VIANA.
A população espera que com os novos ajustes na cobrança de impostos, os recursos sejam revertidos em benfeitorias para os munícipes daquela cidade já que a gestão não oferece nenhum incentivo ao comercio. Hoje Caaporã sofre com um programa de saneamento básico interminável, falta de bancos, salários atrasados, problemas de segurança pública, falta de prédios adequados para atender a população, paralização das atividades do único hospital no município dentre outros.